19/06/2009

Sinais


Ando há dias a braços com a predestinação.

Deus faz…

Deus quer…

Deus diz…

Deus manda…

Deus decide…

É cada vez mais comum ouvir qualquer uma destas expressões e entregar os acontecimentos da vida ao determinismo.

E nós?

O nosso papel é o de meros fantoches articulados e manipulados ao sabor do criador?

Falta informação e vontade de tomar decisões.

É muito mais prático atribuir os fracassos a algum ser mais poderoso e sábio.

Claro que as coisas boas não se agradecem.

Essas são dados adquiridos, são fruto de um qualquer acto bem sucedido.

E é necessário ousar e enfrentar a vida de peito feito e deixar que Ele aja em nós de forma discreta e suave.

E não deixa ninguém ficar indiferente!

A minha atitude tem sido a da atenção aos sinais. Por vezes são bem ténues, requerendo maior concentração e vontade de lhes responder.

Quantas vezes há necessidade de deixar o sofá e as pantufas e pôs os pés ao caminho?

Passar do conforto à ousadia”.

Vida mais ou menos organizada que sem qualquer sinal se vira ao contrário e… vamos lá, reconstruir de outro jeito, de forma mais rica e mais gratificante.

A Paula ousou e baralhou tudo…

Voltou às noites sem dormir.

Voltou às preocupações de ter uma criança pequena.

E iniciou a luta pela “posse”.

E ouviu os sinais.

Então, arregaçou as mangas e foi à luta.

Só assim se entende o papel da madrinha e do padrinho.

E foi vê-los de olhos brilhantes a irradiar felicidade e vontade de seguir a vontade que se vai manifestando de forma quase imperceptível.

“Ele manda, Ele que resolva, nós estamos atentos”

Não é bonito?

Não foi isto que Jesus fez?

Não é a minha vontade, mas o Espírito a agir em mim…

Grandes lições e grandes histórias de vida que se recusam a acomodar e a ficar de braços cruzados à espera de um qualquer indicio que teima em não chegar.


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