31/07/2009

Interrogaçoes.


Porquê?

Para quê?

Quando?

Como?

De que maneira?

Uf! Tantas interrogações e tão poucas respostas.

Vai…

Faz…

Diz…

E eu respondo como o José Régio: “Só sei que não vou por aí.”

Por isso:

Não vou.

Não faço.

Não digo.

É que o caminho sou eu que o faço.

Ora carreiros envergonhados e escondidos.

Ora estradas largas e espaçosas que permitem ver mais e mais longe.

Mas para quê ver mais e mais longe?

É que o caminho faz-se caminhando e de nada nos serviria entrever o fim.

Isso iria apenas estorvar e causar mais ansiedade.

O caminho faz-se caminhando e é nesta construção contínua que nos deixamos envolver por um mar de sensações, por vezes estranhas, que nos lembram o seu sentido e o seu sinal.

E vou caminhando. Umas vezes cheia de confiança, de braços estendidos e rosto ao vento. Outras, bem, outras nem vale a pena falar. O avanço é lento doloroso. Os pés cheios de bolhas que teimam em incomodar e doer não permitindo mais que uns centímetros a cada hora que vai escorrendo de forma demasiado lenta.

Este é o meu caminho e, é mais vezes a segunda parte…

Mas a viagem continua na esperança que isto seja apenas um mau momento. Os bons compensam, de longe, o mal estar de algumas fases que só servem para testar…


Sem comentários: