21/09/2009

Regresso

Passaram tantos dias e semanas de silêncio.
Silêncio que se deixou transformar em “vazio” de conteúdo. Houve, algumas vezes, uma recusa em aceitar as coisas como estavam a decorrer. Férias de quase abandono e solidão. Férias de perturbações e, por vezes, de pouca paz interior.
Foi aí que radicou o meu silêncio, falta de paz interior.
Li muito, meditei, parei e fui crescendo…
Depois… chegou Setembro e o regresso à escola.
Sucederam-se reuniões e noites mal dormidas, atravessadas por pesadelos impeditivos de um natural descanso.
Por fim… as aulas.
Horários sobrecarregados e até… algo insólitos.
Alunos simpáticos e interessados que se opõem a alunos displicentes, desinteressados e mal-educados. Já marquei uma falta disciplinar!
Mudanças, muitas mudanças.
Continuo a exercer a função de coordenadora de departamento e, só isso, me obriga a dar respostas que não tenho. Vivem-se momentos de grande ansiedade e muitas questões…

E o tempo continua a escorrer no seu lento caminhar, quantas vezes para chegar a nada!
Mas não! Recuso-me a continuar parada sem nada querer “fazer”, sem nada querer pensar, sem nada…
Começo de novo a “caminhar” e a redescobrir o sentido de tudo, o sentido da vida.
A Ana quis oficializar o seu amor e tornou-se celebrante do seu próprio matrimónio. Que bonita que ela é! Mas… o João também é um “doce”. Foi a pedra de toque para me “obrigar” a escrever. (Estou a tentar escrever este texto já lá vai quase uma semana).
Então, este é o tempo de começos e recomeços, de avanços e recuos, de fazer, desfazer e refazer.
E aconselhas-nos, pela boca de Tiago, a pedir bem. Pedir para receber sem impor a nossa própria vontade, sem pedir impossíveis.
E eu não estou a pedir?
Tu que és o Senhor da Vida, do Amor, do Perdão, da Alegria, o Senhor da Paz e do Bem. Tu que nos convidas a pedir, mas a pedir bem.
O que é pedir?
Como pedir?
Gostei da imagem que ouvi e que me vai servir para a reflexão.
Para nos alimentarmos temos que nos abastecer.
Onde?
No mercado onde há tudo e de tudo…
Para termos força para “sobreviver”, para viver a vida e sermos construtores devemos ir “abastecer-nos” à oração.
A oração que é a mola
A oração pessoal que deixa de ser o desfiar, apenas, das contas do rosário ou de pedinchice e que se transforma no diálogo amoroso do eu-Tu.
E assim a vida vai sendo vivida, porque alimentada e pronta a ser “saboreada” na alegria da paixão que arrebata e, por que não, tolda os sentidos.
Quero viver e voltar a viver neste arrebatamento e nesta alegria de ser e de sentir.

1 comentário:

mila disse...

Bem viiiiiiinda companheira!!!
E FORÇA vá, para a frente é que é caminho. E olha, já falta pouco para nos encontrarmos eheheheheheh!
Um GRANDE abraço e até a semana. :)