Peregrinando pela estrada da vida sigo em direcção ao Infinito.É muito mais fácil desviar o olhar e, distraída, tentar ignorar aqueles que estão ao meu lado. Há muitas formas de camuflar o que nos vai na alma. Criar muros, barreiras e fronteiras de modo a que ninguém lá possa entrar.
Contudo, é perante a imensidão do oceano que a finitude da estrada se nos apresenta umas vezes de fácil caminhar e, tantas outras, cheia de crateras provocadas pelas bombas do nosso egoísmo que fecha o caminho àqueles que o pretendem atravessar!...
É quando me vejo nesta incerteza de caminhar e percorrer o trilho certo que me fecho e fecho a porta a quem quer entrar. O "eu" fala demasiadas vezes mais alto que o "nós", mas sobretudo que o "tu".
Insisto. Luto ferozmente comigo própria e, ainda que seja por tempos curtos, lá vou olhando para fora na ânsia de derrubar os muros e abrir os portões aos que pretendem entrar.
É uma luta constante e sem tréguas pois, se me distraio volto ao mesmo.
E distraio-me tantas vezes!...
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