04/10/2006

O Menino que queria ser uma televisão

A professora pediu aos alunos que fizessem uma redacção e, nessa redacção, o que eles gostavam que Deus fizesse por eles.
À noite, ao corrigir as redacções, deparou-se com uma que a deixou muito emocionada.
O marido, ao entrar, viu-a a chorar e pergunta:
- O que aconteceu?!?
Ela respondeu:
- Lê!
Era a redacção de um menino:
"Senhor, esta noite peço-Te algo especial: transforma-me numa televisão!
Quero ocupar o lugar dela... viver como vive a da minha casa.
Ter um lugar especial só para mim, e ser capaz de reunir toda a minha família em meu redor...
Ser levado a sério quando falo...
Ser o centro das atenções e ser ouvido sem interrupções e sem perguntas.
Quero receber o mesmo cuidado especial que ela recebe quando não funciona porque está avariada. Ter a companhia do meu pai quando chega a a casa, mesmo que esteja cansado. Que a minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, em vez de me ignorar. E ainda, que os meus irmãos "briguem" para estar comigo.
Quero sentir que, de vez em quando, a minha família deixa tudo para passar qlguns momentos comigo.
E, por fim, que eu possa divertir todos.
Senhor, nãso Te peço muito... só quero viver o que vive qualquer televisor!"
Naquele momento, o marido da professora disse:
-Meu Deus, coitado desse menino. Que descuido o desses pais!
E ela responde-lhe:
-Essa redacção é do nosso filho...


Este texto chegou-me às mãos via net.
Deixou-me de tal forma chocada que eu quero fazê-lo chegar a todos.
O sofrimento da dor feito abandono, desprezo, ignorância.

A partir daqui podia fazer a minha oração que é de pedir perdão.
Não perco tempo com a televisão, mas com o computador...
Será que cá em casa já se sentiu o mesmo que em casa do menino?
Vou ter que estar mais atenta e sentar menos em frente do computador.

A todos aqueles que eu magoei, pela indiferença, perdão.

16 comentários:

nahar disse...

Fantastico....a força que as palavras podem ter..

joaquim disse...

Este texto já esteve na THEOSFERA e tocou-me muito e pôs-me a pensar.

Naquela altura também comentei dizendo o meu mea culpa mas dizendo também como esta criança, que eu pai, também gostava de ser Play Station ou computador para ter também um pouco mais de atenção dos meus filhos.
Claro que me cabe a maior, aliás os 99% da falta de atenção, mas lá que às vezes gostava de ser Play Station, isso gostava!!!

Abraço em Cristo
Joaquim

Anónimo disse...

Olá cara amiga ,um tema que merece uma boa reflexão para os dias de hoje.
Onde se encontra o tão sagrado espaço para o encontro no seio familiar?Onde se encontram os diálogos tão fundamentais entre a família?
Antigamente era à refeição que se convivia e se colocavam os assuntos do dia.
Por muito bom e útil que sejam a tecnologias,nada nem ninguém pode substituir o amor na família.
Tudo faz falta mas deve existir sempre equilíbrio,por isso noto na minha actividade profissional tanta falta de amor entre tantos,porque esta sociedade materalista,introduz mais amor no ter do que no ser.

Manuel disse...

Venho retribuir a visita e dizer que te linkei, lá no Adro...
Abraço

Confessionário disse...

Bolas... Fiquei paralisado. Isso é tao actual. Claro que o texto não parecia muito de uma criança. mas é espectacular. Vou arquivá-lo e mostrar aos pais do meu pessoal da Catequese.

Andante disse...

A força das palavras!...

Todos nós temos que descobrir o meio termo, não achas Joaquim?
Há tantas solicitações!...

A família, Eremita, parece que já não é o que era...
Há um abastardamento e uma grande alteração dos valores...

Obrigada, Manel.
Também já descobri o caminho para o adro...

Olá Confessionário.
Vindo a esta casa que se faz com o coração.
Na primeira reunião de pais que fiz, este ano, na escola utilizei um outro diaporama, que é quase só texto, para chamar a atenção dos pais e encarregados de educação para a educação e o saber dizer não. Não sei se conheces, chama-se "Mãe Má".
Abanei algumas mentes.
Na próxima vou utilizar este texto. Também não acredito que tenha sido escrito por uma criança, mas provoca.
Vou levá-lo também para a catequese, sobretudo para chegar à dependência do telemóvel. Afinal nós também fomos crianças e, este, não era um bem de primeira necessidade e não foi por isso que deixamos de viver a infância e a adolescência e, o mais importante, atravessámo-la com alegria e muita felicidade.
Podíamos até brincar na rua...


Beijos peregrinos para todos.

zezezinho disse...

Ao passar por aqui, ler este texto também me senti emocionado, pois por vezes prendemo-nos de tal forma á tv ou outras coisas que nós julgamos interessantes e esquecemo-nos de dar valor a quem nos ama e nós amamos, esquecemo-nos dos nossos e dos amigos que nos rodeiam, muitas das vezes deixamos a vida correr sem tirar-mos proveito dela, e depois? Depois vêm os arrependimentos e já é tarde. Realmente as familias de hoje já não são o que eram cada vez deixam há familias a deixarem de ser unidas.

Beijos

Anónimo disse...

Olha, Peregrina-Andante..há dias recebi um telefonema.. era um dos jovens que passou pelo Lar onde estive como Coordenador… começou a falar de um monte de coisas e n parava de falar.. Escutei e escutei sem dizer patavina..no final..ele soltou esta palavra: “Só queria ouvir a tua voz VP…!!!)

VP era o nome que eles me davam quando me começaram a conhecer bem naquela praia da Figueira (Gala).. significava Victor Pirolitos..esse nome só o usavam quando estavam com o coração próximo de mim..o outro o do Ir. Victor era só para os dias mais duros, aqueles em que tinha que fazer de Pai ou Mãe ou Irmão e corrigir…!!!

Nem imaginas a falta que sinto desses tempos..n com manias de passado saudosista, mas porque aprendi muito do AMOR com eles… os pardalitos do Pai…

Abraço-te a alma nesta noite… e grato pela tua partilha… linda..mesmo linda…

Anónimo disse...

Puxa vida Andante, dou-te os parabens pelos textos que trazes e principalmente por seres atenta e agires. Quato ao texto da mãe má, publicarás aqui? Gostava de passá-los a uns amigos. Obrigada.

Beijinho**

Malu

Andante disse...

Então Zezezinho!

Todos nós, quer queiramos quer não, agarramo-nos às coisas do mundo.
Elas estão no mundo para nos servirmos delas e para sermos mais felizes.
O problema é quando nos deixamos "agarrar" e tornamo-nos dependentes...
Se o Pai nos fez inteligentes é para que possamos disfrutar de tudo, mas com moderação.

Beijos peregrinos

Andante disse...

Bonito VP/Andarilho, também eu já passei por situações idênticas.
Diz lá, sabe bem a gratidão (vaidosa, risos). Mesmo quando se corrige e se utiliza uma voz mais forte, eles percebem muito bem quem está do lado deles e vai à luta por eles.
Há uns que deixam marcas mais profundas, enquanto outros são estrelinhas a brilhar no firmamento. Nunca deixo de os cumprimentar e de mandar o melhor dos meus sorrisos.
Vêm falar dos amores e das confusões. Eu ouço.
Nunca aconselho. Ouço-os e, todos juntos, encontramos soluções, quase sugeridas por eles.
Há uma forte relão de cumplicidade entre nós.
Também há os que viram a cara e me olham como o bicho mau. Paciência!

Dão tanto trablho!
Mas é gratificante

Tu sentes saudades da Gala e dos pardalitos do Pai.
Eu estou sempre no meio deles e, é vê-los a chilrear e gorjear na alegria do reencontro diário...
É a vantagem de "viver" numa escola.

Um beijo peregrino cheio de ternura pela nostalgia dos tempos passados e que tantas marcas deixam.

Andante disse...

Vou fazer-te a vontade Malu.


Vou colocá-lo para todos e todas o poderem utilizar da melhor forma.

Gosto muito de te ver por cá.

Bjocas peregrinas

Anónimo disse...

Andante,

Obrigada pelas tuas simpáticas palavras, mas sobretudo e também (não costumo fazer/dizer estas coisas) pq tenho motivos para te admirar, sinceramnete.
E sou eu que te agradeço.

Beijinhos reconhecidos**

Andante disse...

Obrigada Malu

Beijos peregrinos bem no fundo desse coração

viqui disse...

quase chorei serio muito chocante

viqui disse...

quase chorei serio muito chocante