É tão difícil lidar com esta sigla...
Depois de lá entrar consegue perceber-se a efemeridade desta vida.
Dizia-me a Cláudia:
Ó 's'tôra' só se vêm miúdos carecas!
Ela própria ficou careca.
Quando ia lá com mais frequência, falava-me da humanidade e do espírito de ajuda que por lá se viviam.
Admirava o carinho com que era tratada em contraste com o ambiente desumanizante que se vive na maior parte dos hospitais centrais.
Falava-me, e ainda fala, da luz dos corredores e dos espaços abertos.
Também eu pude verificar tudo isto e vejo este hospital com os meus olhos e os olhos da Cláudia.
A Cláudia vai fazer 16 anos e é a minha princesa.
Ainda não está curada, apenas controlada...
O grande problema, actual, dela é o esófago que não lhe permite uma alimentação demasiado sólida.
Já fez 5 dilatações e, agora, vai sofrer uma intervenção cirúrgica para poder engolir convenientemente.
Esta operação assusta-me, pois vai deixar de ter reflexos no esófago, permitindo-lhe apenas a passagem dos alimentos.
Vai ser operada no próximo dia 12, quinta-feira.
Mas voltando ao IPO.
Só a pronúncia desta sigla altera o mais forte.
Convenhamos que eu até tenho razão.
Ontem voltamos a ir lá. Aumentou a tensão, os nervos alterados e a recusa em levantar cedo. Há uma força interior a puxar para trás! Deveríamos chegar às nove, chegamos às dez...
E ontem foi apenas para tirar sangue para fazer análises.
O resultado saber-se-á no dia dos meus anos.
O tratamento que foi prescrito está a resultar? Caso não resulte, segue-se a quimioterapia que é demasiado agressiva.
A ver vamos. Por agora há que esperar com paciência e pouca serenidade.
Já começa a sentir-se no ar a tensão que se vai acumulando e está pronta a disparar.
Ontem senti-o muito bem: não pude rezar com a comunidade a que pertenço, nem com a outra comunidade. Senti-me triste e desalentada. A minha oração foi outra...
Cedência atrás de cedência é o meu quotidiano.
Que o Pai me ajude a ganhar serenidade e a enfrentar a adversidade com coragem.
Mas está difícil...
Vou tentar viver estes dias com confiança e colocar os olhos nAquele que um dia se apaixonou por mim, sofrendo até à morte.
Depois de lá entrar consegue perceber-se a efemeridade desta vida.
Dizia-me a Cláudia:
Ó 's'tôra' só se vêm miúdos carecas!
Ela própria ficou careca.
Quando ia lá com mais frequência, falava-me da humanidade e do espírito de ajuda que por lá se viviam.
Admirava o carinho com que era tratada em contraste com o ambiente desumanizante que se vive na maior parte dos hospitais centrais.
Falava-me, e ainda fala, da luz dos corredores e dos espaços abertos.
Também eu pude verificar tudo isto e vejo este hospital com os meus olhos e os olhos da Cláudia.
A Cláudia vai fazer 16 anos e é a minha princesa.
Ainda não está curada, apenas controlada...
O grande problema, actual, dela é o esófago que não lhe permite uma alimentação demasiado sólida.
Já fez 5 dilatações e, agora, vai sofrer uma intervenção cirúrgica para poder engolir convenientemente.
Esta operação assusta-me, pois vai deixar de ter reflexos no esófago, permitindo-lhe apenas a passagem dos alimentos.
Vai ser operada no próximo dia 12, quinta-feira.
Mas voltando ao IPO.
Só a pronúncia desta sigla altera o mais forte.
Convenhamos que eu até tenho razão.
Ontem voltamos a ir lá. Aumentou a tensão, os nervos alterados e a recusa em levantar cedo. Há uma força interior a puxar para trás! Deveríamos chegar às nove, chegamos às dez...
E ontem foi apenas para tirar sangue para fazer análises.
O resultado saber-se-á no dia dos meus anos.
O tratamento que foi prescrito está a resultar? Caso não resulte, segue-se a quimioterapia que é demasiado agressiva.
A ver vamos. Por agora há que esperar com paciência e pouca serenidade.
Já começa a sentir-se no ar a tensão que se vai acumulando e está pronta a disparar.
Ontem senti-o muito bem: não pude rezar com a comunidade a que pertenço, nem com a outra comunidade. Senti-me triste e desalentada. A minha oração foi outra...
Cedência atrás de cedência é o meu quotidiano.
Que o Pai me ajude a ganhar serenidade e a enfrentar a adversidade com coragem.
Mas está difícil...
Vou tentar viver estes dias com confiança e colocar os olhos nAquele que um dia se apaixonou por mim, sofrendo até à morte.
3 comentários:
Olá Filó
Sei que me vens visitar, por isso que ro dizer-te que rezo contigo.
Confia no Pai que é uma fonte inesgotável de Amor...
Beijos peregrinos
+
Estou contigo
Rezo intensamente por ti ,e pela princezinha também... entrego-vos ao Abraço mais delicioso, que são os braços e o "colinho" do Deus-Todo-Amor... só Ele tudo sabe, tudo pode, como quer e quando quer.
E... acredito que possas, nestes dias, ter rezado mais do que imaginas, reza-se mil vezes mais intensamente na provação, do que na alegria fugaz... o nosso Deus assim o permite.
As provações muitas vezes despertam-nos para o que é verdadeiramente essencial na vida, o que é que importa realmente!
Quando nos falta algo importante na vida, lembramo-nos melhor do silêncio do Algo Importante que é Deus.
E nestes momentos o que é rezar? É estar assim, onde quer que seja, sob o doce e meigo Olhar d'Ele...e ficar assim, triste ou alegre, mas com Ele, como se o Olhar d'Ele fosse um sol, para o qual viramos o nosso rosto e deixamos que nos aqueça suavemente em dias frios...
Deixa-te estar com Ele...é a oração mais autêntica...!
Abraço grande neste Jesus que vai ressuscitar!
Bem haja por tanto carinho...
Filó
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