30/04/2008

Dia Mundial da Dança

29 d3e Abril, Dia Mundial da Dança

Foi mais um dia de..., mas um dia para a dança.
A Escola de Dança Ginasiano, Vila Nova de Gaia, coma sua Kale Companhia/Escola de Dança levou à cena um espectáculo, no Auditório Municipal de Gaia, que glorificou o dia, a dança, a escola, as alunas e os professores.
Ainda durante a apresentação falava comigo mesma sobre a genialidade e a persistência de todos os elementos envolvidos, pela qualidade daquilo que nos foi apresentado.
Foi um momento sublime de beleza, leveza e muito, muito empenho por aqueles que são os actores principais: alunos e professores.
Perante aquilo que me foi dado ver, reflecti sobre a outra realidade de escola que é vivida por mim no meu ambiente/meio de trabalho.
Alunos que se valorizam e anseiam por chegar à perfeição vs alunos que apenas gostam da escola pela escola, pelo convívio e não mostram qualquer empenho em valorizar-se e preparar-se para enfrentar o futuro com mais instrumentos que os ajudem a ser bons adultos, conscientes e aptos a vencer.
Não, as nossas escolas não preparam, porque os nossos governantes não querem.
Dizia ontem a senhora ministra, para alguns sinistra, que reprovar um aluno fica caro ao Estado. Logo, não se reprova, arranjam-se e inventam-se, por parte dos docentes, que os discentes, coitadinhos, não têm culpa que os professores sejam exigentes e queiram ser honestos, mecanismos de apoio e quejandos para evitar "prejuízos" ao governo.
Bonito!
Quando se olha e vê apenas em termos económicos, temos dito!
Continuamos e continuaremos a preperar néscios e imbecis que apenas têm direitos, pois os deveres são para os professores.
Têm o direito de insultar e os professores de os "aconchegar" e fazer transitar de ano, mesmo que o aluno não faça nada.
Pois bem.
Não contem comigo.
Vou continuar a exigir.
Vou continuar de consciência tranquila.
Pactuar com este sistema, não pactuo.
Tudo isto começou com o Dia Mundial da Dança e com um espectáculo soberbo de uma escola co E maiúsculo.
Lá preparam-se adolescentes que, tal como os outros adolescentes, são irreverentes, brincalhões e extrovertidos. Mas são, também, adolescentes que lutam por uma causa e caminham para a perfeição.
Esta escola, que não me canso de dizer é com um E maiúsculo, já "produziu" bailarinos de qualidade e profissionais excelentes que levam bem longe o seu nome.
Alguns dos alunos fizeram e fazem estudos superiores em reputadas escolas de Holanda e Bélgica.
Comparem-se as escolas: as públicas e as privadas com apoios estatais e comunitários.
A diferença é notória.
Nas públicas não se luta, tem-se.
Nas privadas luta-se, muitas vezes pela sobrevivência, dado que o Estado bom cobrador é sempre mau pagador, trabalhando, investindo e sendo.
Fica aqui a minha reflexão que é resultado de um momento sublime de empenho, verdade e trabalho.
O meu obrigada à escola que me proporcionou este espectáculo que não irá chegar à maioria do nosso público pois não é um espectáculo com importância nacional, mas "de bairro".
O meu obrigada à escola que é ESCOLA.
O meu obrigada à direcção que não se fica de braços cruzados à espera que outros façam.
Nota: não inclui fotografias porque não fui capaz.
Não eram fotografias deste espectáculo, mas fotografias de um outro bailado "Annontiotion" de Angelin Preljocaj.

Sem comentários: