13/05/2008

O Lugar dos Afectos

Fui convidada pelo grupo de moral católica e evangélica para integrar a visita de estudo da disciplina ao "Lugar dos Afectos" perto de Aveiro.
Criei algumas/muitas expectativas para o lugar a visitar.
Logo para começar, o nome.
Porquê afectos?
Porquê um lugar?
Porquê a disciplina de moral?
Tantas interrogações como expectativas.
Andamos perdidos.
É que isto dos afectos tem que se lhe diga.
Se me pedissem, não era capaz de lá chegar sem ajuda... risos.
Aquilo é longe e é perto de Aveiro, depende da estrada que se seguir.
Nós seguimos o caminho mais difícil, e era tão fácil chegar lá se tivessemos seguido por detrás do estádio.
Bem, chegar ao Lugar dos Afectos não é fácil, sobretudo no meio hostil em que vivemos, em que o egoísmo e o egocentrismo estão na linha da frente, mesmo que se magoe.
E dói tanto!...
Voltando ao assunto, não sei dizer tão pouco o nome da terra que acolheu este insólito lugar, sobretudo nos dias que correm.
Estavam duas jovens e simpáticas senhoras à nossa espera, chegamos atrasados cerca de uma hora. Só me lembro do nome da Catarina, contudo gostei delas.
Aqui vive-se outro mundo, que eu posso considerar de fantasia.
O acolhimento foi fantástico.
Como o tempo estava favorável, ficamos no jardim.
Pequenino, mas todo ele tinha sentido.
Vive-se a Harmonia do meio envolvente e a serenidade de quem nos acolhe.
Verde, branco, azul.
Verde da relva que convida a sentar e a deixar-se envolver no abraço da mãe natureza.
Branco das paredes, com todo o seu significado, de calma e paz.
Azul do telhado, demasiado azul, a lembrar o outro telhado que é o céu que nos "abriga".
Contudo, o que mais me fez entrar em mim, foi a forma do coração, bem diferente da forma de coração a que estamos habituados. Este coração que encima as portas, está presente nas mesas e nas cadeiras.
Este coração está aberto para acolher o outro, os outros.
Abre-se como o próprio Cristo abriu os braços quando foi elevado.
Tal como Jesus sofreu de forma indigna a vileza daquela morte, também este coração se abre, não sem dor, pois ajuda-nos a ver tudo o que está errado à nossa volta e a impotência que sentimos por nada ou muito pouco mudar.
Mais uma vez me lembrei do Saint Exupéry: "Só se vê bem com o coração..."
Neste lugar além da paz e da serenidade sente-se ternura, compreensão...
Sente-se vida, não se sente violência...
No entanto, a realidade é bem diferente. Eu que o diga...
No meio de tanta harmonia, louvei o meu Deus que se fez bem presente e, mais uma vez, me falou de forma suave e subtil aos ouvidos do coração.

12 comentários:

Anónimo disse...

Que bommmmmmmmmmmm! Um abraço da M.S

Andante disse...

Oi M.S
Que bom ver-te por cá.
Gosto muito de ti.

Beijos peregrinos.

Paulo disse...

Deve ser um local bom de se estar. Fala mais sobre o mesmo, insere 1/2 fotos. Fiquei com curiosidade.

Andante disse...

Vou tentar Paulo.
Sabes, tenho alguma dificuldade em inserir fotografias mas, à revelia, fui tirando algumas... até me ser proibido.

Beijos peregrinos

Anónimo disse...

Olá, doçura. Que curiosa fico de conhecer esse "lugar dos afectos"! O nome é tão apelativo...e eu preciso tanto...
Beijinho grande
Filó

Andante disse...

Pensei em ti Filó.
Eu sei que ias gostar e sentir... como eu senti.

Beijos peregrinos

Anónimo disse...

Eu tinha a certeza que te lembrarias de mim, pois sinto-te como família. Aliás, não somos todos uma grande família? Virtual, pois bem, mas nós senti-mo-nos ligados uns aos outros. É tão bom!
Beijo
Filó

Anónimo disse...

Oi,amiga!
Realmente o colo de Deus vai dando cada vez mais sentido à nossa vida...às vezes, Ele passa por outros até chegar até nós.
Realmente o Rui encanta-nos e cativa-nos, em nome de Deus. E "o resto fiel " vai alargando, pela certa.
Beijos.
M.F

Anónimo disse...

A terra chama-se Eixo. e podem ver mais em www.lugardosafectos.pt

Anónimo disse...

O Lugar dos desafectos

Tomei conhecimento do lugar dos afectos situado em Eixo. Não há dúvida de que o nome é sugestivo e nos desperta a curiosidade, até por que, afectos nunca são demais.
Será que um lugar,de magia e fantasia, onde as crianças não podem brincar nem fazer barulho, é o sítio ideal para ser visitado? Será que um lugar que já conheceu N funcionários (as), que apenas se aguentam uma semanita, saindo horrorizados com a falta de afectos, é o lugar ideal para os nossos afectos profissionais? Será que um lugar que deixou de receber donativos pela impossibilidade, de diálogo, entre quem governa aquele espaço e os mecenas, merece o nome que tem?
É lamentável que um projecto como aquele, que tanta falta nos faz seja a antítese de tudo o que tem a haver com afectos.
Anónimo

MFP disse...

Eu fui lá e gostei.

Lídia Borges disse...

De facto, os lugares de verdadeiros afectos são cada vez mais raros, o que só pode entristecer-nos.

Um beijo