Caminhos

S. Mateus 16,24-28.

Jesus disse, então, aos discípulos: «Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perder a sua vida por minha causa, há-de encontrá-la. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida? Ou que poderá dar o homem em troca da sua vida? Porque o Filho do Homem há-de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um conforme o seu procedimento. Em verdade vos digo: alguns dos que estão aqui presentes não hão-de experimentar a morte, antes de terem visto chegar o Filho do Homem com o seu Reino.»



Mais uma vez nos falas do Reino…
Mas… que preço pagar para conseguir entrar neste Reino?
Vida, morte.
Mas que vida?
Mas que morte?
É este o Teu segredo. Vida depois da vida…
Morte depois da vida…
Morte física, Vida de glória.
E o Reino está aí!
Também a Vida está entre nós!
O caminho andado é… o caminho da vida, o caminho da alegria, o caminho do amor.
Como diz o poeta:
“Há caminhos não andados que esperam por ti…”
Eu sigo pelos caminhos não andados, pois sigo os meus caminhos.
Outros atravessaram os seus caminhos e chegaram ao Reino. Eu quero lá chegar pelos caminhos que vou sulcando e abrindo à força de alegrias e muitas angústias, de risos e lágrimas. Mas hei-de chegar!
O meu caminho é feito de avanços e recuos, mais recuos que avanços. Contudo, de cabeça bem erguida e olhos postos no horizonte, penso que apesar dos desvios, das ciladas hei-de lá chegar.
Mas… neste caminhar nunca estou só!
Levo na mochila o incentivo dos companheiros. Não daqueles que apenas sabem dar palmadinhas nas costas e palavras de circunstância. Levo o incentivo de todos os que olham no mesmo sentido e constroem o Reino, mesmo quando afirmam:
Eu cá não acredito. Sabes, respeito, mas…
É que o Reino é construído por pessoas boas e de bem. No fim, talvez essas que coerentemente se constroem, constroem a sua vida e ajudam outros a construí-la, no fim, essas serão as primeiras a entrar.
Há tantos que se afirmam construtores e, com gestos, atitudes e palavras desgastam e desfazem, rotulando os que afirmam que não são ou que não querem fazer.


Foi esta a minha meditação que me sugeriu o Evangelho que será proclamado em todas as eucaristias celebradas ou celebrar no dia de hoje.