Cansei!

Cansei!

Cansei de lutar para nada,

Cansei de ouvir acusações,

Cansei de estar na “jaula” dos professores,

Cansei!

 

O meu pai partiu para casa do Pai há 20 anos.

Hoje não me cansei de o citar:

“Não aceito conselhos de quem saiba mais do que eu,

Mas de quem tenha feito melhor!”

 

Palavras sábias,

Palavras bonitas e profundas.

Tenho a certeza que se frequentasse a sala dos professores, também, ele, cansaria…

Como era de prever, começou a guerra!

A guerra da falta de respeito por aqueles que têm dado horas preciosas do seu bem-estar, da família e do seu sossego.

Todos sabem mais, mas ninguém faz nada.

É fácil criticar o trabalho dos outros, mas trabalho cooperativo e colaborativo é que não.

Sente-se uma demissão de respeito e de responsabilidade.

Maldita avaliação!

Pode e deve ser feita, mas noutros moldes.

Atiçar uns contra os outros é que não.

De repente “calça-se o chinelo” e parte-se para a peixeirada…

 

Sente um borbulhar e uma ansiedade no ar. E eu estou bem no meio da fogueira.

Sou avaliada, avaliadora e um dos elementos da comissão de coordenação de avaliação.

Ufa!

Já estou cansada e a procissão ainda não saiu da igreja, muito menos chegou ao adro!

 

Acalentei a esperança de encontrar os amigos e, com eles, crescer em comunidade. Não foi possível. Valores familiares chamaram mais alto.

Contudo, estou, com eles, em comunhão e, em comunhão, dizer ao Pai que a minha oração passa por eles.

Ali cresce-se, alimenta-se, vive-se.

Estamos juntos e juntos vivemos um grande amor de alegria, amizade e esperança.

Captamos o sopro do amor da Ruah que nos faz respirar bem fundo e sentir a vida nova da Boa Notícia que nos foi concedida pela verticalidade e pela rebeldia desse Yeshu, nosso irmão mais velho. Conhecê-Lo e vivê-Lo, tomá-Lo como modelo e encarar a vida com esperança e verdade e avançar de cabeça levantada e olhos postos bem para a frente.

 

Já me sinto menos cansada.

Segui a viagem com a comunidade.

Voltei a sentir paz e alegria.