16/12/2008

De novo mas... à quarta-feira


Cheguei, junto de ti, de braços caídos.

Despojada de tudo e cheia de incertezas.

Percebi que achaste estranha a minha atitude de manifesto desalento e abandono.

Os olhos mal conseguiam ver. Estava tudo desfocado pelas lentas feitas de lágrimas que, demasiado grossas, escorriam. Abriram-se as comportas e, como um rio da águas revoltas, procuravam uma foz onde desaguar de modo a encontrarem a serenidade das águas calmas e doces de um lago que és tu. Os braços caídos mostram a fragilidade em que me deixei cair; a incapacidade de ousar lutar; a vontade de me fechar e isolar e adormecer.

Adormecer… para acordar mais leve e para respirar de novo.

É isso!

RESPIRAR!

Sabes, o ar ficou demasiado impuro, carregado de dióxido de carbono, e viciado. Deixo de sentir, de pensar, de querer.

Apenas consigo ver dedos esticados e acusatórios…

Faz isto…

Não faças assim…

Já fizeste…

Deixaste de fazer…

Estragaste tudo…

E eu só quero RESPIRAR!

RESPIRAR!

Preciso de Ti e de sentir o Teu sopro cálido de amor, de esperança e de alegria.

Preciso da brisa suave a bater-me na cara, de modo a insuflar-me a Tua vontade…, a minha vontade; a Tua vida…, a minha vida; o Teu amor…, o meu amor.

E ganhar, de novo, confiança para avançar de cabeça erguida e olhos bem altos, postos no horizonte da esperança, da alegria e da vontade de começar de novo.

E comecei…

Agora… à quarta-feira!

3 comentários:

Anónimo disse...

FORÇA!!!
Um abraço daqueles assim bem ao jeitinho de Jesus para ti!!!

Anónimo disse...

Fico tão feliz por ti! mas fazes-me muita falta à quinta! Um abraço companheira e amiga, da Maria

Anónimo disse...

Que texto lindo...e como me fazes falta tantos dias da semana...quando algo se intromete entre nós....
Adoro-te
Nini