
Cheguei, junto de ti, de braços caídos.
Despojada de tudo e cheia de incertezas.
Percebi que achaste estranha a minha atitude de manifesto desalento e abandono.
Os olhos mal conseguiam ver. Estava tudo desfocado pelas lentas feitas de lágrimas que, demasiado grossas, escorriam. Abriram-se as comportas e, como um rio da águas revoltas, procuravam uma foz onde desaguar de modo a encontrarem a serenidade das águas calmas e doces de um lago que és tu. Os braços caídos mostram a fragilidade em que me deixei cair; a incapacidade de ousar lutar; a vontade de me fechar e isolar e adormecer.
Adormecer… para acordar mais leve e para respirar de novo.
É isso!
RESPIRAR!
Sabes, o ar ficou demasiado impuro, carregado de dióxido de carbono, e viciado. Deixo de sentir, de pensar, de querer.
Apenas consigo ver dedos esticados e acusatórios…
Faz isto…
Não faças assim…
Já fizeste…
Deixaste de fazer…
Estragaste tudo…
E eu só quero RESPIRAR!
RESPIRAR!
Preciso de Ti e de sentir o Teu sopro cálido de amor, de esperança e de alegria.
Preciso da brisa suave a bater-me na cara, de modo a insuflar-me a Tua vontade…, a minha vontade; a Tua vida…, a minha vida; o Teu amor…, o meu amor.
E ganhar, de novo, confiança para avançar de cabeça erguida e olhos bem altos, postos no horizonte da esperança, da alegria e da vontade de começar de novo.
E comecei…
Agora… à quarta-feira!
3 comentários:
FORÇA!!!
Um abraço daqueles assim bem ao jeitinho de Jesus para ti!!!
Fico tão feliz por ti! mas fazes-me muita falta à quinta! Um abraço companheira e amiga, da Maria
Que texto lindo...e como me fazes falta tantos dias da semana...quando algo se intromete entre nós....
Adoro-te
Nini
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