Chegaste de mansinho e instalaste-te. Eras nosso convidado e quiseste partilhar connosco a alegria da verdade.
Ah! Esqueci-me de trazer o “rol dos pecados”. Aquele que nos mostraram em pequenos e que pouco ou nada evoluíram com o correr dos tempos.
Os tempos que pararam na Idade Média e por aí ficaram estagnados.
E as ideias?
E as mentalidades?
De que forma e em que sentido evoluíram?
Continua-se a negar a verdade e o Amor!
É mais fácil deixar as escamas a tapar os olhos e permanecer no meio da escuridão mais negra e profunda de todo o ser.
Olhar com os olhos do coração!
Ver com os olhos da verdade!
Sentir a vontade subir, inquietar e incomodar.
Perceber que o “rol dos pecados” é a lista, cómoda, daqueles que continuam de olhos vendados e que não perceberam ainda que perdoar é ajudar a nascer, a re-nascer…
É a cura da cegueira que atrapalha e desfoca.
Quem pecou?
Ele ou os pais dele?
Há sempre um pecado!...
E lá se abre novamente a lista!
E fazes!
E dizes!
E não fazes!
E não vais!
E és capaz de…
Que ilusão de pecado!
O pecado é sempre a doença para a qual é preciso encontrar o antídoto que leva à cura.
A cura é o perdão!
A cura é o reconhecimento da doença e a vontade de a resolver.
“Os teus pecados estão perdoados”.
E a podridão da carne desaparece!
“Os teus pecados estão perdoados”.
E o paralítico volta a andar.
O surdo passa a ouvir.
O mudo começa a falar.
O cego vê.
Quantas vezes estou cega, surda, muda, coxa e leprosa?
Deixo entrar a sede da vingança e efectuo o pagamento com a mesma moeda.
“Os teus pecados estão perdoados”, dizes tu, de forma amorosa, bem ao teu jeito. Fazes-te próximo com o outro, caminhas ao lado e à frente, sempre que o “caminho” se fecha e o andar se torna demasiado penoso, quase impossível.
Pela primeira vez senti o perdão a actuar e a crescer de uma forma vigorosa e inexorável.
A mudança de atitude consciente de quem quer retomar o caminho, sabendo que as coisas não vão ser nada fáceis.
E tudo acontece em cadeia!
Em grupo/comunidade as coisas são mais sérias! É o compromisso perante um conjunto de companheiros e companheiras que querem trilhar o mesmo caminho, fazer a mesma viagem.
Sentimo-nos rodopiar e dançar até à exaustão, a dança da vida plena.
Nesta dança todos são bailarinos, todos conhecem os passos e… por vezes, lá vai mais um tempo fora do tempo!
A reconciliação em comunidade é a aprendizagem de um novo passo que permite evoluir no sentido da vida re-novada e re-conquistada. É a vontade de chegar a casa mais limpa e refrescada pela certeza de que estás atento e vigilante.
1 comentário:
Companheira!!!...
:) :)
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