11/04/2009

Sábado, dia da reflexão



Hoje é sábado.
É dia de paragem.
É o único dia em que não se faz memória da passagem da morte para a vida.
É um dia especial pois foi o dia do desespero, da falta de fé e de confiança. Foi o dia em que os seus desapareceram, amedrontados, “não fosse o diabo tecê-las”.
Perderam a confiança e, incrédulos, começaram a regressar as suas casas. Não foi o que fizeram os de Emaús?
Para eles morreu, isto é, deixou-se assassinar, sempre de boca calada.
“Quem dizeis, vós, que eu sou?”
Um homem, apenas um homem.
Um homem bom martirizado pela verdade, pela inveja, pelo medo.
“Quem dizem, os homens, que eu sou?”
Um homem que incomoda e desacomoda.
Um homem que viveu intensamente e arriscou tudo.
Um homem que teve a coragem de chamar ABBA ao Pai quando todos o escarneciam e o tentavam no meio do seu sofrimento maior.
Um homem bom que morreu como o pior dos condenados.
“Quem dizeis, vós, que eu sou?”
Ecoam as palavras no ouvido quase sempre sem resposta. Ou melhor, com a resposta mais cruel de que há memória.
- Morreu porque o Pai já o tinha reservado para o sacrifício.
Que pai mais impiedoso nos mostraram.
Homens do Antigo Testamento que apenas vêem um deus castigador e de dedo apon-tado, sempre pronto a invectivar, a acusar e a culpar.
O deus do homem velho que morreu em Sexta-feira Santa.
Homens, abri os olhos e abraçai o Homem Novo, o Homem da vida, o Homem Re-nascido e Re-Suscitado.
Levantai a pedra do túmulo e abri os olhos à vida, ao amor, ao perdão.
Descerrai-vos do vosso próprio túmulo e despertai para o Novo dia. O dia da glória e da salvação.a e da salvação.

1 comentário:

mila disse...

Obrigada companheira por esta reflexão!...

Uma feliz Páscoa para ti!