10/04/2009

Chegou o dia!



O dia de todas as verdades e o dia em que os homens se mostraram em toda a sua arrogância e bestialidade.
Ninguém queria assumir a responsabilidade.
Mandavam-no de Herodes para Pilatos e vice-versa.
Onde lhe encontraram culpa?
Claro que em tudo.
Não era ele o fura regras?
Curar, colher em dia de sábado, perdoar, destruir e expulsar aqueles que se serviam da casa do Pai para montar as suas negociatas: compra e venda de bens, usura, …
Estava traçada a sentença.
Morte desonrosa que era a que era dada aos salteadores e acusados dos crimes mais hediondos.
E tu?
Não cavaste o teu sepulcro?
Incomodaste.
Rodeaste-te de gente impura.
Aproximaste-te de leprosos, sobretudo leprosos no coração e curaste-os, cobradores de impostos, ladrões ao serviço do ocupante, prostitutas.
E não reparaste aquilo que tinhas prometido, o reino.
Falavas no Reino de Deus e eles, limitados, a pensar que era o reino de Israel.
Para os teus perseguidores tinhas reunido todas as culpas para a tua própria conde-nação.
Aí ninguém esteve do teu lado. Todos fugiram ou renegaram pelo medo que sentiam. Eles, os teus companheiros, também tinham assinada a pena de morte.
Coitados que não percebiam nada!
Refugiaram-se dentro de casa, bem fechada, para não serem incomodados.
Apenas as mulheres se mostraram.
Benditas mulheres que aparecem nas horas piores. Estiveram presentes na hora da condenação, na hora da crucifixão, na hora do anúncio pascal.
Foi a hora da solidão, do abandono, da renúncia a uma vida vivida cheia de cumplici-dades, de alegrias e celebrações.
Este é o dia de todas as maldições e de todas as esperanças.
Por que houve este dia, a tua Igreja envolveu-se em guerras ferozes e encarniçadas contra aqueles que te viram nascer. Só porque te condenaram, foram estigmatizados ao longo dos séculos e, ainda hoje, são olhados de soslaio na busca de lhes encontrar uma mancha, um defeito, uma condenação.
Pobres coitados!
Voltaram a não perceber que este dia ia dar origem à aventura mais bonita da história dos homens.
Conhecer-te.
Sentir-te
Partilhar contigo a graça da plenificação da vida junto do Pai.
Obrigada Yeshu por teres vivido como viveste e por dares o exemplo maior, entregar a vida por amor.

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