Como se chega a ser feliz?
E parto à descoberta de quem sou eu.
Eu que busco um novo nome.
O nome que apenas é conhecido por mim.
O meu nome!
Como tens o teu e cada um de nós também o irá descobrir no meio da neblina da manhã que refresca os dias cálidos do Verão.
O meu nome!
E quando o conseguir sei que serei feliz.
Agora, deslizamos por um mundo que quer ser feliz e procura a felicidade de forma traumática e demasiado desgastante.
A sociedade do ter, do parecer, do querer ser…
A sociedade que deixou de saber rir, ou até sorrir, e que entrou em descrédito.
A sociedade dos extremos em que nos aparecem os mais e os menos… Aqueles que tudo têm e os outros a quem falta tudo.
Atravessamos um mundo sem nexo, onde a procura da felicidade não cessa de parar. E procura-se a felicidade do imediato, do fugaz, do efémero.
E tu vais-nos apontando um certo Reino situado no interior das muralhas do Amor, da Alegria, da Sabedoria, da Entrega.
Os valores sociais começam, a passos largos, a diluir-se, numa tentativa feroz de desaparecer.
E surgem as escravidões que paulatinamente vão destruindo a alegria de felicidade: moda, falsos deuses, falsos modelos, dinheiro, o deus que tudo compra, que tudo dá, que tudo tira, qual bezerro de ouro a fazer brilhar os olhos de cobiça e cupidez. O sonho inacabado de entrar na gaiola dourada de mais um ídolo que envelhece e deixa transparecer todas as suas fragilidades. O sonho destruído de todos o Michael Jackson que não se revêem no seu ser, na sua marca, querendo transformar-se naquilo que não são nem poderão vir a ser.
E são aquilo que são sem nunca serem felizes.
O ideal de felicidade que não se constrói, mas que se ganha por dinheiro, delapidando grandes fortunas em busca de um sonho inatingível.
Transformam-se em robots da vida por eles sonhada, mas vazia de sentido,
Eu sou o que sou, não sou o que pareço ou quero parecer ser.
Eu sou o que sou. Sou e serei, porque ganhei um nome e um rosto.
O rosto visível e grato de um Deus que me chama à Felicidade e que me diz que sou eu que a ganho, que a construo.
Não a posso “comprar” por que não mais me poderia pertencer.
E torno-me uma eleita ao rosto d’ Aquele que É o que É.
E então posso dizer que trago na fronte gravado o nome do Cordeiro e o nome do Seu Pai.
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