
Se…
Queres acolher, abre-te ao coração do Pai.
Se…
Estás disponível, abre os ouvidos e ouve, abre os olhos e vê, toca e sente.
Dizes-nos isso vezes sem conta e… deixamo-nos dormir, embora de olhos abertos e despertos para o arbitrário e supérfluo.
Atenta na luz que emana de um farol e, qual luz negra, te permite ver o que antes não conseguias vislumbrar.
Ver o invisível…
Ver o evidente mas, muitas vezes, ignorado, porque dá trabalho.
Seguir a História e fazer-se História.
Engrossar um Corpo atento que se constitui família e é família.
E tens que te superar, desligando-te do acessório e inútil.
Fazendo parte da Família, tornas-te indispensável, porque partilhas, confias, amas.
E ao jeito de Jesus passamos a ver as evidências, sem distracções. Somos capazes de olhar à nossa volta e ver já não com piedadezinhas ou pieguices.
E sentimos a sua presença que se vai misturando de forma suave e indelével, transformando-nos.
E deixamos de ser o que éramos para passarmos a ser nós, pertença, união, alegria, vida.
Atravessámos, qual pequena corrente de ar, por debaixo da porta e vamo-nos deixando encher e plenificar do Teu Espírito.
Então, dá-se início ao diálogo eu/Tu, de confiança e sem qualquer limite temporal.
O diálogo silencioso que brota do coração e se corporiza na alegria de uma nova existência.
E deixo-me enfeitiçar.
Não, não é um feitiço prosaico de alguém que quer dominar as coisas e servir-se do tempo.
Deixo-me enfeitiçar pela beleza do diálogo aberto e franco em que Te posso escutar no mais íntimo de mim própria.
E deixo-me envolver e enrolar em mil sensações de bem-estar.
Sabes…
Estou a descobrir a lógica do Reino e do meu papel no meio de tudo isto.
1 comentário:
Temos que ter fé sem ela os sonhos terminam
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