02/02/2010

Se...


Se…

Queres acolher, abre-te ao coração do Pai.

Se…

Estás disponível, abre os ouvidos e ouve, abre os olhos e vê, toca e sente.

Dizes-nos isso vezes sem conta e… deixamo-nos dormir, embora de olhos abertos e despertos para o arbitrário e supérfluo.

Atenta na luz que emana de um farol e, qual luz negra, te permite ver o que antes não conseguias vislumbrar.

Ver o invisível…

Ver o evidente mas, muitas vezes, ignorado, porque dá trabalho.

Seguir a História e fazer-se História.

Engrossar um Corpo atento que se constitui família e é família.

E tens que te superar, desligando-te do acessório e inútil.

Fazendo parte da Família, tornas-te indispensável, porque partilhas, confias, amas.

E ao jeito de Jesus passamos a ver as evidências, sem distracções. Somos capazes de olhar à nossa volta e ver já não com piedadezinhas ou pieguices.

E sentimos a sua presença que se vai misturando de forma suave e indelével, transformando-nos.

E deixamos de ser o que éramos para passarmos a ser nós, pertença, união, alegria, vida.

Atravessámos, qual pequena corrente de ar, por debaixo da porta e vamo-nos deixando encher e plenificar do Teu Espírito.

Então, dá-se início ao diálogo eu/Tu, de confiança e sem qualquer limite temporal.

O diálogo silencioso que brota do coração e se corporiza na alegria de uma nova existência.

E deixo-me enfeitiçar.

Não, não é um feitiço prosaico de alguém que quer dominar as coisas e servir-se do tempo.

Deixo-me enfeitiçar pela beleza do diálogo aberto e franco em que Te posso escutar no mais íntimo de mim própria.

E deixo-me envolver e enrolar em mil sensações de bem-estar.

Sabes…

Estou a descobrir a lógica do Reino e do meu papel no meio de tudo isto.

1 comentário:

Casa Mãe de Deus "Loja Virtual" disse...

Temos que ter fé sem ela os sonhos terminam