Hoje tive pessoas de família almoçar cá em casa.
Aquilo que poderia ser apenas um almoço de família, mais ou menos formal, redundou numa discussão, saudável, a propósito das leituras deste domingo e da homilia.
Penso que houve alguma deturpação daquilo que foi dito.
"O padre falou de obediência e submissão". Não vejo onde é que nas leituras de hoje estão presentes estes adjectivos!
Claro que vi logo onde ia chegar a conversa.
"A mulher deve ser obediente e fazer apenas o que agrada ao marido".
Homessa, ripostei, lá fomos a S. Paulo:
Mulheres, sede submissas aos vossos maridos.
Só que faltou a segunda parte:
Maridos respeitai as vossas esposas.
Não podia ficar calada perante isto. No meio de nós ainda impera a mentalidade, enraizada durante séculos, de que as mulheres devem baixar a "bolinha" e permitirem todos os despautérios. Pelo que percebi é isso que se passa lá em casa.
Inquiri: E o respeito não deve ser mútuo? Ou será que é unilateral?
Apontei então a Sabedoria e o convite que nos fez hoje:
Deixai a insasatez e vivereis;
segui o caminho da prudência.
Mas fui mais longe, pedi ajuda a S.Paulo, mais uma vez, citando:
Vede como procedeis.
Não vivais como insensatos,
mas como pessoas inteligentes.
Virou as costas e desistiu da contenda...
Então agradeci a ajuda do Livro dos Provérbios e de S. Paulo, pois foram eles que saíram vitoriosos. Eu apenas me servi das suas palavras.
Claro que fui tendenciosa pois apenas usei o que me interessava usar. O resto? O resto ficou por dizer!
É que Jesus nunca ostracizou as mulheres. Amou-as e escolheu-as para lhes dizer que tinha ressuscitado!
Se Deus é Pai e é Mãe, Jesus não poderia ter nascido mulher?
Eu sei que Jesus tinha que ser homem para fazer passar a mensagem do Pai, caso contrário, ficava em casa à espera do marido...
Ai a sociedade!
Penso que houve alguma deturpação daquilo que foi dito.
"O padre falou de obediência e submissão". Não vejo onde é que nas leituras de hoje estão presentes estes adjectivos!
Claro que vi logo onde ia chegar a conversa.
"A mulher deve ser obediente e fazer apenas o que agrada ao marido".
Homessa, ripostei, lá fomos a S. Paulo:
Mulheres, sede submissas aos vossos maridos.
Só que faltou a segunda parte:
Maridos respeitai as vossas esposas.
Não podia ficar calada perante isto. No meio de nós ainda impera a mentalidade, enraizada durante séculos, de que as mulheres devem baixar a "bolinha" e permitirem todos os despautérios. Pelo que percebi é isso que se passa lá em casa.
Inquiri: E o respeito não deve ser mútuo? Ou será que é unilateral?
Apontei então a Sabedoria e o convite que nos fez hoje:
Deixai a insasatez e vivereis;
segui o caminho da prudência.
Mas fui mais longe, pedi ajuda a S.Paulo, mais uma vez, citando:
Vede como procedeis.
Não vivais como insensatos,
mas como pessoas inteligentes.
Virou as costas e desistiu da contenda...
Então agradeci a ajuda do Livro dos Provérbios e de S. Paulo, pois foram eles que saíram vitoriosos. Eu apenas me servi das suas palavras.
Claro que fui tendenciosa pois apenas usei o que me interessava usar. O resto? O resto ficou por dizer!
É que Jesus nunca ostracizou as mulheres. Amou-as e escolheu-as para lhes dizer que tinha ressuscitado!
Se Deus é Pai e é Mãe, Jesus não poderia ter nascido mulher?
Eu sei que Jesus tinha que ser homem para fazer passar a mensagem do Pai, caso contrário, ficava em casa à espera do marido...
Ai a sociedade!
4 comentários:
Pois é ... a educação do filhos(homens) por parte do casal ... começa aí...depois vem a questão da cultura ... é difícil mudar a mentalidade de um dia para o outro ... mas pessoas com um pouco de educação deveriam perceber mais rapidamente do que as outros e adaptarem-se.
Pedir ao padre uma homília sobre o assunto ... mas na missa não teria bom resultado ... pois a maioria são mulheres... talvez noutras festividades...
jma
P.S.: Ainda não colocou informação de que este é o novo blog...
Olá!
Bem-vindo!
Aqui, neste lugar de eleição o meu tratamento com os irmãos passa mesmo pelo tu.
Gostei de te ver por cá.
E para quando um blog?
Mas cuidado, isto é viciante...
Está a terminar o tempo de lazer e, por isso, tanta disponibilidade para o PC.
A grande verdade/dificuldade reside aí:
- não é o padre na homilia tentar fazer passar a mensagem dirigida a todos, ouvida por alguns e vivida por muito poucos...
Por vexes ouve-se com atenção mas faz-se imediatamente a chamada para o outro, nunca para si próprio. É estão este um novo pecado:
- tu deves estar atento/a e mudar... (este discurso nunca é dirigido a si mas ao outro. É demasiado fazer a introspecção. A culpa nunca é nossa! Ai os Homens que, apesar de já se terem passado tantos milénios, ainda não estão preparados para olhar para o outro, mas olhar-se ao espelho e ver apenas aquilo que querem ver...).
não coloquei. vamos lá ver se o faço. Até agora foi mesmo de propósito.
Um beijo para todos vós, pais e filhos.
Tenho-vos, a todos, no coração.
Paz em Cristo
O grande problema, quanto a mim, está na palavra obediência, que é muitas vezes mal entendida, sobretudo nas "coisas" de Deus.
É que para uma grande parte de nós, obediência significa submissão, desistência do nosso pensamento, falta de personalidade, fraqueza, etc. etc.
Ora para mim a obediência de que fala Jesus, de que fala São Paulo,de que fala o Magistério da Igreja, é a obediência do amor, da entrega gratuita, de procurar o bem do outro, porque sabemos que o outro também se entrega, também obedece, também procura o meu bem, porque também ama.
"Ama e deixa-te amar" podia ser um bom lema para o casal.
Por mim tento viver assim o que nem sempre consigo, mas recomeço sempre com a certeza de que só amando posso ser amado.
Abraço em Cristo
joaquim
Como sempre, Joaquim, disseste tudo de uma forma bem clara e interessante. Vulgarmente apropriamo-nos das palavras segundo as nossas conveniências.
Obediência é o apropriar-se, por parte do/a companheiro/a do "eu" do outro, passando então a vigorar apenasb uma vontade e uma maneira de ser.
Hoje ouvi nas notícias que na China há um mercado de casamentos, onde se oferecem qualidades e outros atributos, buscando o parceiro "ideal", segundo os parâmetros de quem quer fazer o negócio. Só que a peça terminava com o dito jocoso: "quando se abre o pacote, as mais das vezes, o que se encontra é decepcionante". Ali busca-se um determinado padrão e um modelo que já está esteriotipado dentro da cabeça de quem pretende fazer uma aquisição.
Onde podemos então encontrar a obediência do amor?
Essa é a da liberdade, do respeito mútuo, do saber abrir e respeitar o espaço de cada um.
Aqui entra o compromisso, o amor, a entrega e a fidelidade que nem sempre é entendida como fazendo parte do respeito e do amor que o Pai nos merece.
Eu conheço melhor outro slogan:
Ama e ama-me.
Sem comentários pois iria entrar por terrenos que não quero e que me fazem sofrer...
Continuo a amar sem reservas e a pedir ajuda sempre que ando mais baralhada!
Paz em Cristo
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