02/09/2006

Rotinas

Lentamente vão chegando as rotinas...
E eu que sou avessa a rotinas.
Gosto de ir fazendo sem imperativos de tempo.

E isto porquê?
É simples!
Voltou a rotina de limpar e arrumar dentro de determinado período de tempo.
Sempre que posso, fujo para o computador. Mas ouvem-se as vozes:
-Ainda há isto e aquilo e aqueloutro...
Como detesto as rotinas das limpezas, ...
Prefiro ler, ler, ler e escrever.
Acabei ontem de ler mais um livro de Richard Zimler, À procura de Sana. Está bem urdido e bem construído, foca o problema israelo-árabe, ou melhor, os desentendimentos entre israelitas e palestinianos. Problema antigo e sem solução à vista.
Durante este Verão li muito (já lá vão 5 livros), sobretudo bibliografia que foca o problema dos judeus na Península Ibérica durante o tempo da Inquisição (Reis Católicos, em Espanha e D. Manuel I, em Portugal). No entanto já tinha iniciado este tipo de leitura com um livro intitulado A Senhora, cujo enredo se passa também durante o período quente das conversões forçadas e das consequentes perseguições.
Envergonho-me muitas vezes daquilo que os cristãos fizeram em nome de uma verdade, mas não peço desculpa. Penso que, mais do que pedir desculpa, é necessário entender o período histórico em que as coisas aconteceram e, estando atentos, não permitir que voltem a acontecer.
Em História nada se repete. Um determinado período histórico pode conter algumas semelhanças, mas igual nunca mais pode ser.
E isto porquê?
É simples, temos que estudar, interpretar e analisar o contexto do acontecimento para verificar que só naquele tempo é que podia acontecer assim.
Falemos do Holocausto e da "solução final".
Há tantas coisas por dizer!...
Quais as motivações de Hitler e dos seus seguidores?
Sejam quais forem os motivos, ninguém tem o direito de atentar contra a dignidade da pessoa (eu vivo apavorada pelo ressurgir de grupos/partidos neonazis e pelos fundamentalismos exarcebados que apenas geram ódio e ódios).
E então os homem-bomba?
E somos nós a obra-prima do Pai!...
O que é que os homens querem provar?
Apenas que não precisam de Deus mas de deuses que lhes justifiquem todas as suas atitudes e os seus gestos como os romanos e a sua plêiade de deuses para todos os gostos?
É então aqui que eu queria chegar!
Temos que dar as mãos, unir-nos na força da oração para tentar alegrar este nosso mundo tão sofredor; dar-lhe razão de viver e terminar com as guerras e os conflitos.
Isto é bonito!
Toda a gente diz o mesmo.
Mas nós temos que ser diferentes e não permitir que se cumpra o adágio:
Se não podes vencê-los, junta-te a eles.
Nós, seguidores de Jesus e alimentados pelo Seu Corpo, vamos mais longe, vamos de mãos dadas, rezar e pedir ao Pai que nos ajude a solucionar os conflitos através do testemunho do Amor, Jesus.
Desta forma deixamos que as rotinas se aproximem, não tão lentamente como seria de esperar (risos), e iniciemos um outro caminho, aberto e desbravado constantemente, que conduza ao entendimento, respeitando as diferenças e as crenças de cada um.
Deus é Pai e cuida de nós, obra-prima da Sua criação.

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