07/07/2008

Ainda nas quatro da tarde!

E o tempo deixou de escorrer docemente para me lançar novamente na realidade.

Casa, escola.

Escola, casa.

As reuniões e encontros de trabalho já aí estão novamente.

As formações que, em vez de desdramatizar e aliviar, alertam para a complexidade e desconforto que se avizinham motivados por aquilo que se transformou em cavalo de batalha, a avaliação de pares feita por pares e que é pouco pacifica. Como fui afirmando ao longo do ano, o que mais me dói são os constantes assédios dos mais medíocres que são inconscientes e que apenas se propõem ao título.

Pobre título, titular, que não alivia carga nenhuma, apenas dá trabalho, e que trabalho…, e uma grande solidão.

Enquanto se avaliam alunos sobre temas trabalhados por nós, os pares terão que ser avaliados por pessoas com as mesmas experiências, as mesmas formações, os mesmos percursos académicos.


Mas, coisa curiosa, o tempo ainda está nas quatro da tarde…

Estou a saborear e a saborear-me de uma nova caminhada re-iniciada.

A vida que me enlaça em jeito de viagem, para a viagem e em viagem.

Deixar o relógio continuar no seu movimento constante, construindo vida.

Ui! Como consegui ultrapassar e ultrapassar-me em dia e meio.

Redescobri a paz e a serenidade que afastaram de forma lenta e eficaz a angústia, a raiva e, porque não, a loucura que me estava a privar de discernir e agir da forma mais correcta. Também verti algumas lágrimas, escondidas e escondida.


A vida re-novada, re-criada e vivida.

A vida nova do Homem Novo.

O Homem Velho ficou bem escondidinho, pronto a saltar e a fazer estragos, se eu permitir.

O Homem Velho, porque velho, inseguro, lento e com pouca eficácia no discernir não foi, nem será, definitivamente arrumado.

O Homem Velho que será arrumado em dois tempos apenas porque o Homem Novo está mais forte, mais solto e livre para agir ao jeito do que gostas e queres.


Entendes porque é que o relógio continua preso nas quatro da tarde?

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