04/09/2008

Recomeçar


Entramos em Setembro!
Inicia-se a formação, chegam as reuniões que se estendem pelo fim da tarde, início da noite.
Voltam a cumprir-se rotinas, toques de campainhas e… avaliação.
Já recomeçou o cerco!
Estar nas boas graças de quem vai avaliar.
Montar o cerco pessoal, esquecendo que a avaliação mais que pedagógica, está voltada para as relações interpessoais, para o saber estar e o saber fazer.
Vão estabelecer-se metas, fazer o combate ao insucesso e ao abandono…
Voltou a aconchegar-se um certo cansaço.
Vem-nos a necessidade de ter todos os sentidos bem apurados para não ceder a pressões nem à corrida desenfreada para se estar nas boas graças de quem vai avaliar.
Finalmente as coisas começam a ficar claras e as “gavetas” arrumadas.
Hoje, entre as 14H30 e as 19H30 sucederam-se as reuniões, foram três. Umas requeriam maior atenção, enquanto outras… foi mais fácil.
O tempo para escrever começa a tornar-se escasso e as ideias, por vezes, ficam escondidas no lugar mais fundo e mais escuro.
Entre a primeira e a segunda reunião ainda houve tempo para encaixar um ponto de encontro que não estava programado, mas que era dos mais importantes.
Na terceira reunião tratou-se de avaliação. Não podia deixar de ser!
Além de coordenadora, isto é, responsável pelo suave e bom funcionamento de um departamento constituído por 26 colegas, repartidos por vários sub-departamentos, ainda pertenço a um outro grupo que assina pelo nome pomposo de CCAD (Comissão de Coordenação para a Avaliação de Desempenho). É ou não um nome pomposo para dar a uma comissão? Esta comissão tem por função analisar as avaliações e dar um parecer obre elas, analisar todos os casos de Insuficiente, Bom e Muito Bom; verificar, em caso de discordância, todo o trabalho efectuado pelos professores/avaliadores, para exercerem as funções para que foram delegados pelo coordenador de departamento.
Mas que grande confusão!
Que se vê nelas é que percebe a dificuldade do processo.
Para perceber e exercer esta função tivemos formação, muita formação. Sobra-nos, no fim de cinquenta e duas horas e meia, distribuídas pelos meses de Julho e de Setembro, muita confusão e preocupação pela missão que nos é exigida.
Dos 26 colegas que compõem o departamento e, por causa de alguns desentendimentos, irei avaliar 12 colegas.
Isto implica assistir a três aulas por ano, vezes doze. Serão 36 horas, mais reuniões para fazer o ponto de situação, para analisar planos de aula, para fazer a crítica sobre o que está ou não bem, sobre os aspectos a melhorar, …
No grupo que vou avaliar estão duas colegas que orientaram estágios pedagógicos com sucesso. Podiam ter sido minhas orientadoras de estágio e só não foram por um “ai”.
Estou assustada e muito preocupada!
Se já entendi, mais ou menos, o que se espera da avaliação, dos avaliadores ou dos avaliados, nem por isso deixo de me sentir insegura.



Devido a um problema de tensão arterial alta, o tratamento no IPO foi adiado por uma semana. Amanhã é para pôr um cateter, segunda, análises e consulta, terça, tratamento. O cabelo está a cada dia que passa mais fraco e a cair rapidamente. Dá cá uma tristeza e uma vontade de chorar… mas não, tenho que ser forte e aguentar, mesmo quando sou acusada de indiferença.
Se ele soubesse o quanto estou preocupada!
Peço força e muita coragem ao nosso ABBA e vontade, a cada dia que passa, de O escutar no mais íntimo de mim própria para não deixar os braços dependurados nem sentir o sabor da derrota.


Comecei a escrever este post na terça-feira…

1 comentário:

Anónimo disse...

Amiga, que poderei fazer por ti...por ele, senão pedir por vós Aquele que tudo pode. Acredita que o faço, como já o fizeste por mim.Há um momento da missa que se torna curtinho para orar por todas as minhas intenções. E tu estás lá! Bjinho. Filó