Estávamos em Julho.
Tempo quente, do calor e dos calores.
É importante acolher todos e todas que querem fazer catequese, aproximar-se mais e conhecer melhor o Irmão mais velho!
Importa, ainda, mostrar-lhes o caminho e, de início, levá-los pela mão.
São crianças e adolescentes com mais de oito anos e maior maturidade que os de seis e estão a iniciar o percurso
Dos oito aos catorze, somam a linda conta de quinze. Alguns não eram, sequer, baptizados. Escrevo no passado pois já o são.
O desafio caiu de chofre em cima da mesa, quando estávamos a almoçar.
- Aceitas fazer-te ao caminho com eles?
Com um ar de riso assustado e, numa fracção de segundos, pensei: Serei capaz? E, no mesmo instante, Aceito!
Já está!
Iniciou-se o processo e nada mais o fez parar.
“Procurar” todos os interessados.
Acolhê-los e mostrar-lhes o melhor sentido para chegarem, sem grandes sobressaltos, a Casa.
E foi com alguma “luta” (são tantas as lutas!) que enfrentei, estoicamente, as vozes dissonantes cá de casa:
-Mais um grupo de catequese?
- Continuas ao sábado?
- Não é de mais?
E prossegui!
Claro que, para “os”ter, vou arrebanhá-los durante o percurso e, o carro que é de quatro lugares, já levou sete…
Quando recebi este grupo. Não abandonei os adolescentes do 10º ano.
Esses não!
É um grupinho de sete, mas entusiasta.
Têm ânsia de saber mais e de se aproximar mais d’Ele. Também vou buscar alguns.
Colocam questões.
Algumas bem difíceis!
Descobrimos respostas juntos.
Discutimos Amor e “amores”.
Falamos, de forma aberta e arejada, de sexo e sexualidade, de escola e família.
Partilhamos alegrias e tristezas, dores e sofrimentos.
Somos cúmplices e alimentamos essa cumplicidade.
E caminhamos ao jeito do Irmão mais velho.
E aprendemos a dizer ABBA/Papá sem risos nem sorrisos.
Mas, voltando ao grupo especial de catequese, assim chamado porque estão a fazer um percurso diferente e a trilhar um caminho novo que não está especificado em nenhum guia nem em nenhum “tratado” de catequese, quis falar-lhes da igreja/Igreja, da Família de Jesus, do Pai/ABBA, da oração…quis aquecer-lhes o coração e abrir-lhes a vontade para prosseguirem.
Depois de perceberem que a Igreja é um Corpo vivo em movimento, em crescimento e imparável, falamos de oração.
Mais um momento suave, terno e lindo.
Pedi ajuda a Mateus que nos mostrou o seu sentido.
Entra no teu quarto mais secreto e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai… Mt 6, 6.
Pai-nosso!
Demoramos quatro encontros e tiramos conclusões. Na última sessão receberam a oração no sentido da confiança, da entrega, do prazer que é conversar com este Pai que é ABBA.
No terceiro momento falamos do Baptismo, do baptismo messiânico e do Baptismo na Família divina.
Este momento visava diferentes objectivos:
- O significado
- A preparação
- O envolvimento de todos
- Perceber o seu próprio baptismo
- Tomada de consciência do grupo dos mais velhos
- A festa cá de Casa e cá em Casa
E aconteceu…
Tudo foi pensado e preparado
Amanhã vou transcrever o guião e depois… cada um pense.
1 comentário:
Que ESPECTÁCULO!
Fico à espera... prometo que penso :)!
Um abraço muito bom, Andante!
SHALOM
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