10/03/2009

Dias sem escola


Interrupção de aulas forçada!

Já era tempo de parar e renovar energias para o final de período.

Eu sei que muitas coisas irão ser alteradas: datas de testes, entrega de trabalhos, reuniões, enfim, tudo!

Mas não fiquei nada atormentada…

Um pequeno acidente veio dar-me tempo. Nada de preocupações, não bati com o carro. Quando falei com o meu marido e lhe disse que estava magoada ele retorquiu: Esbarraste-te.

Ganhei o direito de descansar, isto é, parar, no verdadeiro sentido da palavra.

E aproveito o tempo para me aproximar do meu amigo Yeshu. Descansar no seu ombro que está sempre disponível e dizer-lhe o quão gosto dele e da sua companhia.

Hoje deixou que caísse sobre mim uma paz e serenidades como já não sentia há muito tempo.

Aprendi que a fasquia deve estar no lugar dela e não nos meus ombros que começam a fraquejar sob o peso de quem não quer fazer, mas que façam…

Aprendi que é bom “ligar à terra” e ignorar o que não importa…

Aprendi a defender-me com o silencio ruidoso que incomoda…

Aprendi que quero ser eu a caminhar de olhos postos lá à frente, com o horizonte como limite.

Sempre que tenho tempo, muito tempo, não entro em depressão, nem me sinto só.

Sinto-O mais presente a aconchegar-me e a dizer: “Olha bem de frente para mim e confia”.

E confio.

Entrego-me a devaneios de amor e sinto-O cada vez mais próximo.

Este Amor que está crescendo pois assemelha-se a uma bola de neve que não derrete.

O tempo escorre de forma serena e confiante e diz-me de forma cantante:

Desvaloriza! Valoriza apenas o essencial!

E entro mais em mim, abraço-te e deixo-te falar.

Ponho o ouvido à escuta!

Palavras doces e sensíveis a dizer-me que sou uma e única, pois sou eu.

Ouço-te em e na comunidade, em e nos rostos ora tristes ora sorridentes daqueles que me estendem a mão, naqueles que estão sós e naqueles que andam perdidos no meio de uma multidão que os cerca mas que se recusa a ouvi-los.

Aqui no meu “espaço” sinto a tua presença amorosa através do sussurro e da alegria que temos em partilharmos a nossas vidas.

E abraço-te Yeshu na presença física do vento que se agita e me agita, pelo sopro cálido da RUAH que teima em não se calar e dizer:

“Confia! Confia! Confia!”

 

Agora vou debruçar-me sobre a figura bíblica de Maria Madalena e descobrir o momento em que ela sentiu, também, o beijo da Ruah e se deixou encantar por ti e pelos teus. É esse o trabalho do 10.º ano da catequese, desta Quaresma, para ser partilhado no Dia Mundial da Juventude, isto é, no Domingo de Ramos, durante a procissão para a Igreja.

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