
Interrupção de aulas forçada!
Já era tempo de parar e renovar energias para o final de período.
Eu sei que muitas coisas irão ser alteradas: datas de testes, entrega de trabalhos, reuniões, enfim, tudo!
Mas não fiquei nada atormentada…
Um pequeno acidente veio dar-me tempo. Nada de preocupações, não bati com o carro. Quando falei com o meu marido e lhe disse que estava magoada ele retorquiu: Esbarraste-te.
Ganhei o direito de descansar, isto é, parar, no verdadeiro sentido da palavra.
E aproveito o tempo para me aproximar do meu amigo Yeshu. Descansar no seu ombro que está sempre disponível e dizer-lhe o quão gosto dele e da sua companhia.
Hoje deixou que caísse sobre mim uma paz e serenidades como já não sentia há muito tempo.
Aprendi que a fasquia deve estar no lugar dela e não nos meus ombros que começam a fraquejar sob o peso de quem não quer fazer, mas que façam…
Aprendi que é bom “ligar à terra” e ignorar o que não importa…
Aprendi a defender-me com o silencio ruidoso que incomoda…
Aprendi que quero ser eu a caminhar de olhos postos lá à frente, com o horizonte como limite.
Sempre que tenho tempo, muito tempo, não entro em depressão, nem me sinto só.
Sinto-O mais presente a aconchegar-me e a dizer: “Olha bem de frente para mim e confia”.
E confio.
Entrego-me a devaneios de amor e sinto-O cada vez mais próximo.
Este Amor que está crescendo pois assemelha-se a uma bola de neve que não derrete.
O tempo escorre de forma serena e confiante e diz-me de forma cantante:
Desvaloriza! Valoriza apenas o essencial!
E entro mais em mim, abraço-te e deixo-te falar.
Ponho o ouvido à escuta!
Palavras doces e sensíveis a dizer-me que sou uma e única, pois sou eu.
Ouço-te em e na comunidade, em e nos rostos ora tristes ora sorridentes daqueles que me estendem a mão, naqueles que estão sós e naqueles que andam perdidos no meio de uma multidão que os cerca mas que se recusa a ouvi-los.
Aqui no meu “espaço” sinto a tua presença amorosa através do sussurro e da alegria que temos em partilharmos a nossas vidas.
E abraço-te Yeshu na presença física do vento que se agita e me agita, pelo sopro cálido da RUAH que teima em não se calar e dizer:
“Confia! Confia! Confia!”
Agora vou debruçar-me sobre a figura bíblica de Maria Madalena e descobrir o momento em que ela sentiu, também, o beijo da Ruah e se deixou encantar por ti e pelos teus. É esse o trabalho do 10.º ano da catequese, desta Quaresma, para ser partilhado no Dia Mundial da Juventude, isto é, no Domingo de Ramos, durante a procissão para a Igreja.
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