
Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demónios. Lc 8,2
Maria Madalena, mulher possuída pela plenitude do mal, é salva por Jesus.
Passa então a segui-lo e a fazer parte daquele grupo de mulheres que, curadas, serviam o Mestre e os apóstolos “com os seus bens”.
Esta mulher, sentindo-se grata e liberta do mal, fez, na sua própria carne, a experiência do perdão e renovação da sua vida, seguindo Aquele que se tornou o Senhor da cura e o Senhor do Amor.
Maria foi liberta para se tornar discípula.
E nunca mais O deixou…
Esteve presente em todas as horas a partir de então:
· quando foi preso e torturado e condenado
· junto à cruz, quando foi pregado
· no sepulcro onde foi depositado
· no terceiro dia, ao visitar o sepulcro.
Enfim, nos bons e nos piores momentos.
Sendo companheira, aberta aos outros e disponível, encontrámo-la “no primeiro dia da semana” Jo 20, 1, junto do túmulo que encontra vazio e com a pedra, que o tapava, retirada.
Ficou perplexa!
Ainda, perante a evidência, não tinha percebido.
Foi chamar os homens.
Eles que resolvessem o problema do desaparecimento do Corpo do seu Senhor.
No entanto, foi ela a escolhida para Ele se revelar em primeiro lugar.
Maria chorava!
Continuava a não entender!
Perante as perguntas:
“Mulher, porque choras? Quem procuras?” Jo 20, 15, parou…
Ao ouvir chamar-lhe “Maria!”, Jo 20,16, sentiu-se renovar.
Neste momento experimentou dois novos sentimentos:
1. renovação da vida, pelo perdão, por não ter acreditado;
2. experiência pascal, alegria e felicidade por ter encontrado sentido para as palavras de Jesus, sempre que lhes falava em ressurreição.
Nesta Quaresma devemos olhar para Maria Madalena como a mulher limpa de pecado e como a mulher pascal que fez a experiência da vida prometida junto da glória do Pai a quem gostamos de chamar ABBA/Papá.
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