06/07/2009

X + Esperança = Mudança II


Como aprendemos a aprender?
Em que idade devemos aprender?
Quando?
Como?
E quando já chega?
O que aprender?
Qual é a diferença entre o saber e o aprender?
Saber, acumulação de conhecimentos que vão tornando o individuo mais sábio.
Mas… e aprender?
Há uma idade?
Há, há uma idade. A idade em que se aprende a despir o velho e se aprende a ser o Homem Novo e a vesti-lo com as roupagens novas da alegria de se saber parte...
A idade da aprendizagem!
A idade do ser!
A idade de crescer!
A idade…
Aprender é receber.
Aprender é nascer de novo, é viver, é caminhar com os olhos postos numa direcção bem definida e conhecida, um certo Reino.
Então, qual é a diferença entre o saber e o aprender?
Pois.
O saber ensina-nos e dá-nos argumentos para nos posicionarmos na estrada da vida.
O saber prepara-nos para o trabalho e para o seu cumprimento mais sábio e perfeito.
O saber constrói a memória intelectual que nos permite descobrir uma qualquer solução para um qualquer problema que se nos depara pela frente.
O saber é o saber…
E… o aprender?
Aprender é um continuum.
Por que somos aprendizes, continuamos em busca da maturidade que nos facilita o discernimento nas mais diversas etapas da vida.
Aprendeu-se, aprende-se e continuar-se-á a aprender.
Ontem, hoje e amanhã.
E sofremos tentações perniciosas quando nos abandonamos ao descrédito e à desconfiança. Embarcamos em mentiras que não deixam capacidade de discernir nem emendar o caminho.
Também aprendemos com as derrotas e o desencanto.
E não podemos baixar a guarda.
Baixar a guarda é deixar-se absorver pelo desalento e pela acomodação a um certo estado depressivo que nem com comprimidos conseguirá ser banido.
A primeira tentação do deprimido é criticar tudo e todos devido a uma grande dose de inveja de poder, riqueza e cópia de falsos ídolos.
Então, como aprender?
Não há chaves nem soluções.
Existem os Mestres e as mediações.
Aprender que há uma grande necessidade de fazer mudanças.
Passar das aprendizagens às mudanças.
Mudanças que vão acontecer ao ritmo lento do rio que de forma lânguida corre para a foz. O rio que não tem pressa, apenas quer acolher no seu seio toda a água que lhe vai chegando durante a viagem para se tornar maior, mais forte, mais rio. Passar de regato a ribeiro e de ribeiro a rio alegre e saltitante no seu curso para a foz, para a sabedoria maior.
Então, há ritmos de aprendizagem que geram mudanças, que geram alterações profundas.
Há o “prémio”… que se chama recompensa.
Recompensa/recompensas que infinitamente se abrem a dons que nos inspiram e que nos permitem olhar de outra forma, olhar com uma nova sabedoria.
E novamente renasce o ciclo, mas de outra forma.
Um ciclo que se chama história construída e a construir e que vai sendo sucessivamente guardada para, fazendo memória, ser restituída e engrandecida pelo Rosto agradecido do Pai.
Recebe-a e retribui-a infinitamente melhorada pela atenção, pelo carinho, pelo amor que jamais terá fim.
E atenção!
Esta dinâmica não pára. Vai correndo em espiral e em crescendo.
É necessário estar atenta e aberta a tudo o que chega de novo e… separar. Separar o que presta daquilo que nos enche a caixa de correio de ruídos e falácias.
Aprender é a disponibilidade para aprender.
Aprender é o estar atento e desperto.
Aprender é saber sentir e ouvir os sinais, por mais indeléveis que eles sejam, recebê-los de braços abertos e entregar-se à AVENTURA.

2 comentários:

mila disse...

Que delícia foi para mim agora ler-te Céu...

Que DELÍCIA!!!

Continua por favor!

Obrigada por ti!

victor disse...

Olá companheira! Tu és mesmo fantástica! Cuidas-te para que nunca me faltasse o alimento, no retiro e, após o mesmo, continuas a Alimentar-me!
Um bem haja para ti, companheira!