30/10/2009

Jesus, Filho de David

Voltando à “orgia dos sentidos”, quero falar do cego Bartimeu.
De olhos vendados, apenas gritava “Jesus, Filho de David…”. Pedia-lhe o sentido da visão.
“Jesus, Filho de David…”. Destapa-me os olhos e ensina-me a ver.
E todos o queriam em silêncio para não perturbar.
Todos o queriam em silêncio para não os obrigar a ver a sua própria cegueira, para não verem os seus temores e insuficiências. O que os perturbava era sentirem-se desnudados perante a verdade que embrutece.
“Jesus, Filho de David…”
E vai-se repetindo numa litania que paulatinamente se transforma em música. Música daquela que bate nos ouvidos e destapa os olhos.
Olhos fechados a uma realidade sempre nova.
Mas… que visão é esta?
Donde vem a cegueira?
E chamas-nos.
Vá, vem cá.
Vem e não tornes a pecar!
Então, a cegueira era outra!
Era a cegueira do coração, da negação, do pecado.
Vem e não tornes a pecar.
E pude dar o salto impossível.
E atirei o manto.
E passeia seguir-Te como exemplo de vida e para a vida.

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