24/10/2009

Pobre Zé

Com que então, Zé foste meter-te por caminhos que não dominas?
Alguma vez pensaste em fazer perguntas?
Sabes, Zé, até para tocar “rabecão” é preciso treinar e aprender a ler as linhas apagadas.
Manual de maus costumes…
Vê-se mesmo que não entendes nada.
O tal deus da guerra apenas existe na cabeça daqueles que não sabem nem querem saber.
A Bíblia não é um livro, é uma biblioteca.
Fala de acordos e de ternura.
Começou a ser escrita cerca de 1 000 anos antes da nossa era que é a Era Cristã. Porquê?
Deves sabê-lo muito bem.
Há homens que deixam a sua marca, que não se consegue apagar com o decorrer dos milénios. Já estamos no terceiro. Houve tentativas. Muitas. Mas há mais coisas bonitas.
Se durante muito tempo imperou o temor obstinado (e é esse temor que tu conheces) que condenou à fogueira e à excomunhão, agora vivemos um tempo, desde a década de sessenta do século XX, de reposição da verdade, onde o Amor tudo vence e a compreensão e caridade são grande referência.
Sabes, Zé, em vez de afirmares as tuas verdades, informa-te e fala daquilo que sabes. Não voltes a cair na tentação de fazer afirmações gratuitas que apenas geram conflito e confusão.
Tinhas um objectivo: vender.
Conseguiste.
Todos querem perceber até que ponto falaste destes assuntos onde não te deves sentir muito à vontade.
Sabes, Zé, trouxeste muita confusão àqueles que não têm hábitos de leitura ou que nunca se sentiram motivados para aprofundar o estudo da Bíblia, tendo-se ficado por uma catequese de quatro anos cujo objectivo era proporcionar mais uma jantarada e, quiçá, umas bebedeiras e, acabava ali.
Só se queria voltar a ouvir de padre ou igreja na altura do casamento e… mais uma festarola. A igreja dos jantares e do álcool em demasia que tolda e entorpece.
Olha, Zé, a Igreja que vivo e participo é um Corpo Vivo que cresce e se enriquece.
É uma Igreja que partilha o Deus do Amor e da Bondade, nunca um deus vingativo. Esse, Zé, é o teu deus. É o deus dos ignorantes. É o deus dos fala-baratos. É o deus dos que não têm deus.

3 comentários:

Anónimo disse...

Tenho muita pena de não poder continuar a conviver contigo! Foste e continuas a ser uma presença tão sê e tão sábia! Tenho-te comigo sempre e só tenho boas recordações tuas. Um abraço e obrigada por este texto.Textos como este deviam dair nos jornais...... Um abraço cheio de saudades da Maria.

Anónimo disse...

Quis dizer sâ

Andante disse...

Oh, Maria
Também tenho falta de ti, do teu carinho, da tua atenção, do teu amor.

Beijos peregrinos