10/12/2009

Em jeito de oração


Abrir a porta de casa para te deixar entrar.
Vá… Desce! Hoje vou ficar em tua casa.
Hoje?!
Está confusa, baralhada e… desarrumada.
Insistes. Vou, mesmo assim, ficar em tua casa.
Tu és eleita!
És discípula!
Possa!
Porquê eu?
Eu que me sinto miserável e, quantas vezes, pintada de negro.
E o sol brilha lá fora!
O sol convida a abrir portas e janelas.
O sol começa a aquecer com as tuas palavras.
Quando me dizes: HOJE, explica-te. Que HOJE é este?
Este é o HOJE que não tem fim?
É o HOJE sem princípio?
É o HOJE que é eterno?
Vá lá! Desce, não tenhas medo! Eu escolhi-te e vou ficar em tua casa.
Sinto-me bem pequena, minúscula e… vens para ficar.
Então, entra!
Quero sentir-me semente a desabrochar, a receber o calor do teu sorriso e a alegria do teu perdão.
E abro-te as portas e as janelas para que te sintas à vontade num lugar fresco e arejado.
E começa a arrumação!
Vou colocar os livros nas estantes, os sorrisos bem de frente para a entrada para que possas ver o sabor da alegria a tomar conta dos sentidos e a despejar a paz sobre uma mente sobressaltada e apoquentada.
Sinto, paulatinamente, os muros a serem derrubados e as aberturas a serem franqueadas.
Vá lá! Entra e põe-te à vontade.
Não te esqueças que estou sempre disponível para te receber de braços abertos. Estou disponível para ser semente que desabrocha, apenas, numa estreita nesga de terra boa, para crescer e re-ganhar a tua vida, a tua alegria, a tua serenidade, a tua disponibilidade, para entender melhor o teu HOJE.

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