24/05/2010

O jogo!



Passei uma semana a brincar com o Espírito de Deus, que se fez luz e fogo e veio alegrar e incendiar os nossos corações.
Manifestava-se e manifesta-se das mais diferentes maneiras que é quase impossível transcrever neste espaço.
Foi um verdadeiro jogo de esconde-esconde.
Eu escondia-me por detrás dos meus muros e das minhas barreiras. Ele… não precisava de muito… descobria-me sempre, no mais recôndito de mim mesma.
Foi um jogo desigual!
Claro que eu estava disponível, mas… por vezes dava algum jeito passar sem fazer ondas e ficar mais apagada.
Mas não! Ele estava sempre à minha frente.
Ora como brisa que sopra onde quer e quando quer.
Ora como fogo que arde e queima, mas não consome.
O Espírito de Deus que se fez vida e me veio transformar em si próprio.
Voltava a fechar os ouvidos e Ele penetrava pela frincha mais minúscula que encontrava e vinha novamente aquecer-me.
E este jogo não termina, pois recomeça sempre que me sinto mais desalentada e triste, quando vejo o mundo começar a desabar e eu sem o poder segurar…
Mas… é um jogo bom que faz retomar o sentido de vida e da vida. Vida que renasce a cada minuto e se transforma em lampião que, a tremeluzir, volta a iluminar o caminho.
O Espírito de Deus que me faz conhecer os passos exactos desta dança que se chama vida e me faz rodopiar em gargalhadas de sentido e com sentido.
O Espírito de Deus que acolhe o Resto Fiel que vai soluçando com as dores do parto que a cada minuto faz nascer um mundo de esperança, de alegria, de amor.
O Espírito de Deus que vai abrindo novos caminhos e novas perspectivas de vida, à medida que se vai caminhando.
E o jogo não tem fim, pois, quando começa, agita, incomoda, estorva e teima.
E não se sai do jogo como se entrou. Se se fecham os ouvidos e os olhos do coração Ele permanece à espreita, silencioso, à espera do melhor momento para saltar e recuperar o espaço que parecia perdido.
Por isso é que é um jogo desigual!
Ele vence sempre e provoca risos de prazer no momento em que se consegue despertar o Homem Velho e o transforma.
Quando age não deixa, ninguém, ficar indiferente!
Quando se re-manifesta é agarrado com mais veemência, de modo a não o deixar mais escapar, tal a alegria das voltas da dança que fazem voltar a rodopiar com maior energia até re-cair nos braços do Amor que consome e não destrói.
É um re-nascer para uma vida nova, fazendo re-surgir o Homem Novo em toda a sua plenitude e vontade de viver.
Termino como comecei.
O Espírito de Deus sopra pelo deserto mais árido e inóspito, transformando-o num jardim florido com todas as cores disponíveis na paleta do Pintor. E o jogo vai continuando até ao dia de chegar a casa e a festa jamais terá fim.

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